Boituva realiza Seminário de Educação para as Relações Étnico-Raciais

 

Aconteceu no dia 13 de novembro, o I Seminário de Educação para as Relações Étnico-Raciais do Campus Boituva, o evento foi desenvolvido através do projeto de Extensão “Valorização das Africanidades” e teve como proposta promover o debate sobre as práticas docentes no campo das relações étnicas.

A atividade contou com a presença de diversas autoridades do município, dentre elas o vice-prefeito Juninho Barbosa e o presidente do grupo de Consciência Negra, Renato Filho.

Carolina Jango, Diretora Adjunta de desenvolvimento comunitário do IFSP e doutoranda em Educação pela Unicamp, promoveu um debate relacionado ao Racismo no Brasil, Ações Afirmativas e a Construção de Novas representações. Em sua reflexão, Carolina apresentou uma contextualização histórica que apresenta o quão recente são as ações de combate ao racismo e a forma com que ele está enraizado na sociedade brasileira, desmitificando várias crenças e senso comum, principalmente relacionados a meritocracia e as políticas de ações afirmativas.

A segunda palestrante da noite, Rosana Souza, professora de Arte do IF Sudeste de Minas e mestranda em Arte pela UFMG, trouxe uma abordagem sobre a lei 10.639/03 pontuando também questões relacionadas as ações afirmativas tendo como ponto principal o ensino da arte. A partir disso, Rosana promoveu uma discussão com o viés voltado para a folclorização da Racista, dentre outras vertentes da temática objetivando com isso promover uma reflexão sobre a forma com que as Relações Étnicas estão sendo abordadas no contexto educacional.

Para o Coordenador do Projeto, Fabrício Roquete, o projeto finaliza com a sensação de dever cumprido: “nossa proposição era iniciar um trabalho que tinha como objetivo aproximar a comunidade externa da comunidade acadêmica, dessa forma, compreendo que as relações étnicas serão verdadeiramente representadas, uma vez que, são nos movimentos sociais de cultura e consciência negra que as ações e atividades acontecem, é lá que as coisas acontecem, sendo assim, quando nós, enquanto Instituição Federal de Educação, nos aproximamos dessas comunidades aprendemos muito mais do que ensinamos. E esta proximidade nos dá embasamento para o desenvolvimento das ações no meio acadêmico, principalmente no que diz respeito ao trabalho de educação para as relações étnico-raciais”.

O que são Africanidades?

                                                                                                   

Africanidade: característica distinta do africano e da grande África, manifestada como essência de cada uma das diversas culturas que cada país deste grande continente contém.

 

    Africa é considerada pela maioria dos antropologistas e paleontologistas, o território mais antigo do planeta em termos de habitação. Cientistas acreditam que a origem humana deu-se nesse continente enorme, tendo descoberto fósseis que evidenciam espécies das quais seríamos descendentes há mais de 7 milhões de anos, e por isso é muitas vezes chamada de “berço da humanidade”.

   O português  é falado na Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Prince, além de algumas outras regiões isoladas, muitas vezes levando à aparição de crioulos de base portuguesa: Ano Bom, na Guiné Equatorial e Casamança, no Senegal. Mas foi através da escravidão que o Brasil realmente tomou contato com o africano, desde o período colonial até o fim do império, sendo abolida gradativamente com a Lei Áurea, em 1888.

       Com tantas regiões e culturas envolvidas, fica fácil entender porque haviam tantos conflitos entre os escravos, e porque houve tanta influência na cultura brasileira, em termos de religião, hábitos alimentares, vestuário, música e dança.

    Vale ainda ressaltar que a História do Brasil sempre valorizou personagens de cor branca. Como se tivesse sido construída somente por europeus e seus descendentes. Imperadores, navegadores, bandeirantes, líderes militares, todos brancos, todos hérois nacionais. Agora temos a chance de valorizar um líder negro em nossa história, e esperamos que em breve outros de origem africana sejam valorizados. Nas escolas brasileiras já é obrigatória a inclusão de disciplinas e conteúdos que visam estudar a história da África e a cultura afro-brasileira.

 

* Informações retiradas do blog: brasileirinhos.wordpress.com/2012/11/01/brasilidade-e-africanidade/

 

 

O campus Boituva do IFSP recebeu na tarde do dia 21 de outubro, os representantes do Movimento de Consciência Negra do município, para uma reunião que teve como objetivo discutir e planejar os eventos que farão parte da agenda de atividades comemorativas para o mês da Consciência Negra.
Dentre os eventos planejados está o I Seminário de Educação para as Relações Étnico-Raciais, que acontecerá no dia 13 de novembro e, cuja temática será a abordagem referente às práticas docentes de educação para as relações étnicas. 

 

   

Projeto fotográfico mostra frases racistas já ouvidas por negros

"Ah, Branco, dá um tempo!"

Para quem acredita que racismo não existe no Brasil, o projeto fotográfico da estudante de Antropologia, Lorena Monique, na Universidade de Brasília (UnB), mostra o contrário. Em seu Tumblr, ‘Ah, Branco Dá Um Tempo‘, ela explica que inspirou-se na campanha ‘I, Too, Am Harvard‘, onde estudantes negros da universidade americana seguravam placas com frases racistas que escutaram dentro do campus.

Lorena então replicou dentro da UnB, onde convidou pessoas a participarem do projeto, fotografando-os em diversos locais dentro do campus, onde mostra o racismo dentro do ambiente acadêmico.

“Para quem sofre cotidianamente é como repisar uma ferida ainda não cicatrizada. Espero que as falas expressadas nas imagens sensibilizem, causem reflexão e deem início à um diálogo no sentido de nos tornarmos pessoas melhores”, explica Lorena em sua página na internet.

Confira algumas imagens:


Ah, Branco, dá um tempo! 

ahbrancodaumtempo.tumblr.com/

 

informações retiradas do site:prosalivre.com/projeto-fotografico-mostra-frases-racistas-ja-ouvidas-por-negros/

Projeto Valorização das Africanidades realiza oficina de Capoeira

Tiveram início no dia 20 de agosto, no auditório do câmpus Boituva, as oficinas de capoeira do projeto de extensão Valorização das Africanidades. As oficinas acontecem em parceria com o grupo de capoeira Cordão de Ouro – Mestre Marquinhos.

 As atividades são abertas à comunidade, gratuitas e acontecem sempre às terças e quintas em três turnos, sendo: Manhã 9h; Tarde 14:30h; Noite 19:30h.
 
 
Os interessados podem se inscrever através do email: valorizacaodasafricanidades@gmail.com
 

Capoterapia

O Projeto de Extensão “Valorização das Africanidades”, do Campus Boituva, está desenvolvendo em parceria com o CRAS – Centro de Referência de Assistência Social, o Lar São Vicente de Paula e o grupo de capoeira “Cordão de Ouro”, do Mestre Marquinhos, oficinas de Capoterapia com idosos.

A Capoterapia é uma vertente da capoeira que promove a terapia através do lúdico. É desenvolvida com pessoas da terceira idade, sempre respeitando as condições físicas e as potencialidades dos idosos e tem como característica importante a valorização da bagagem cultural que eles trazem.

O principal objetivo dessas oficinas não é trabalhar o esporte de forma intensa e sim, promover através da socialização e da prática de pequenas atividades o combate ao sedentarismo, proporcionando assim uma melhora significativa nas condições físicas, afastando as complicações causadas por doenças cardiovasculares e respiratórias. As aulas têm como pontos fortes o uso da musicalidade e o acolhimento, e acontecem na sede do CRAS todas as Terças e Quintas feiras das 9h às 10h.

Para Paulo Fabrício, Coordenador do Projeto, a iniciativa é importante por proporcionar aos idosos que vivem no Lar São Vicente uma opção a mais de socialização e de prática esportiva com acompanhamento. Segundo ele, é visível a satisfação dos idosos após participar das atividades. “Na primeira aula o professor aproveitou para fazer um diagnóstico da turma, ver suas limitações, suas potencialidades e seus desejos, descobrimos que a musicalidade será o grande diferencial para o desenvolvimento das oficinas”.

A imigração africana no Brasil

Elementos de herança africana estão presentes na identidade e no comportamento do brasileiro, marcando a cultura nacional

                                                                                        

    A presença africana no Brasil começa em um capítulo triste da história. As levas de escravos que chegaram ao País são consideradas um movimento migratório, apesar de forçado, e aconteceram a partir do século XVI, trazendo prioritariamente moradores do Sul do continente africano. Países como Angola, Guiné, Benin, Nigéria e Moçambique estão entre os que mais enviaram imigrantes a terras brasileiras.

    O ápice do tráfico negreiro ocorreu em 1845 e, embora não seja possível precisar a quantidade exata de escravos que entraram no Brasil, estima-se que tenha girado em torno de cinco milhões. Os africanos tiveram, nesse período, colaboração fundamental para o desenvolvimento econômico brasileiro pelo trabalho em engenhos de açúcar, fazendas de criação, plantações de algodão e fazendas de café.

    Hoje em dia, tendo em vista o fato de vários países da África terem o português como idioma oficial, o Brasil torna-se um dos pontos prioritários de refúgio para africanos que fogem de situações de guerra civil, como é o caso de Angola. Além disso, políticas de cooperação e parceria entre o Brasil e países do continente africano também se refletem no constante intercâmbio estudantil realizado por africanos em universidades brasileiras. E nem poderia ser diferente, já que, felizmente, o regime escravocrata foi apenas um trágico capítulo da importante e rica influência dos elementos africanos sobre cultura brasileira. Os negros são um elemento fundamental da comentada mestiçagem do povo brasileiro, são parte integrante da herança genética e cultural do País, em uma relação cujos elementos fazem-se presentes em diversos setores.

 

Alguns fatores importantes de influência africana

    Linguagem: palavras como cachaça, moleque, quindim, jiló, macumba, marimbondo, cochilo, tanga, samba, maxixe, acarajé, canjica, estão entre as heranças africanas presentes no Brasil.

    Culinária: vatapá, acarajé, angu, mingau, pamonha, canjica, café e banana são algumas das iguarias herdadas da África e adaptadas ao cardápio brasileiro. O azeite de dendê é outra influência gastronômica africana, como a feijoada, que era preparada pelos escravos com as sobras dos senhores da fazenda e hoje é um dos elementos típicos da culinária brasileira.

    Música e Dança: é garantida pela herança africana a presença de instrumentos como a zabumba, o afoxé, o agogô e o berimbau, presentes no samba e na capoeira, originária dos redutos de escravos. Algumas danças populares nordestinas também foram trazidas pelos negros.

Fonte: brazilplanet.com.br/revista/a-imigracao-africana-no-brasil/

 

    Apartheid

    O apartheid, termo africâner que quer dizer separação, surgiu oficialmente na África do Sul  em 1944. O objetivo do apartheid era separar as raças no terreno jurídico (brancos, asiáticos, mestiços ou coloured, bantus ou negros), estabelecendo uma hierarquia em que a raça branca dominava o resto da população e, no plano geográfico, mediante a criação forçada de territórios reservados: os Bantustanes.
    Em 1959, com o ato de autogoverno, o apartheid alcançou o sua plenitude quando sua população negra ficou relegada a pequenos territórios marginais, autônomos e privados da cidadania sul africana.
    Até aquele momento, a África do Sul com suas importantes riquezas minerais e sua situação geoestratégica, tinha se alienado do bloco ocidental. Contudo, o sistema racista fez com que, no momento em que se desenvolvia a descolonização, as pressões da comunidade internacional cresciam contra o governo de Pretória.
    Em 1960, a África do Sul foi excluída da Commonwealth (Comunidade das Nações). A ONU aplicou sanções. Em 1972, a África do Sul foi excluída dos Jogos Olímpicos de Munique, perante a ameaça de boicote geral dos países africanos. Finalmente, em 1977, o regime sul africano foi oficialmente condenado pela comunidade ocidental e submetido a um embargo de armas e material militar. Em 1985, o Conselho de Segurança da ONU convocou seus Estados membros para adotar sanções econômicas.
    Em todas estas condenações internacionais houve certa hipocrisia. Durante a Guerra Fria, o regime racista foi visto como um muro de contenção à expansão do comunismo na África. Moscou, pelo contrário, animou a luta contra o apartheid armando Angola e Moçambique, países cujos governos pró soviéticos se enfrentavam em guerrilhas patrocinadas pelo ocidente e apoiadas pela África do Sul.
    O fim da Guerra Fria precipitou o fim do apartheid. O presidente Frederik de Klerk ,depois de várias negociações com os representantes das diversas comunidades étnicas do país, pôs fim ao regime racista em junho de 1991. Daí em diante, a população negra recuperou seus direitos civis e políticos.
    O processo culminou com a chegada de Nelson Mandela, mítico militante anti-apartheid que tinha passado 27 anos na prisão, à presidência da República da África do Sul.
 

Placas que deram o que falar:

"Parada de ônibus para pessoas brancas"
"Hospitais para europeus" "Hospitais para não europeus"
"... área branca"
"Somente brancos"
" Saída do metrô
<-- Para não brancos
Para brancos -->" 
 

Preconceito Racial 

 O que é isso?
O preconceito racial é uma doença insidiosa moral e social que afeta os povos e as populações de todo o mundo. É diagnosticada pela catalogação dos seus vários sintomas e manifestações que incluem o medo, a intolerância, a separação, a segregação, a discriminação e o ódio. Apesar de todos estes sintomas de preconceito racial serem manifestados, a única causa subjacente do preconceito racial é a ignorância. Historicamente, uma raça de pessoas é definida como uma população com características biológicas distintas. 

Enquanto todos os seres humanos pertencem à mesma espécie, Homo sapiens, as raças se distinguem umas das outras por características como cor e textura do cabelo, cor da pele, cor e formato dos olhos, o tamanho de partes/membros do corpo e os órgãos faciais. Embora os cientistas tenham chegado à conclusão de que essas diferenças entre os povos são superficiais e que a humanidade tem mais características em comum do que diferentes, a própria humanidade continua a ver os outros de acordo com características que são percebidas externamente. 

De fato, os seres humanos são aparentemente diferentes; o problema surge quando os sintomas da doença tornam-se evidentes: a intolerância, a separação e o ódio. De uma forma positiva, alguém pode aceitar as diferenças dos povos em toda a face da terra e maravilhar-se com a singularidade dos indivíduos que vivem em uma parte diferente do mundo ou na sua vizinhança. O preconceito racial perverte essa singularidade das raças e enxerga essas diferenças como algo que separa os indivíduos uns dos outros, com um grupo sendo inferior ao outro.

 Todos sofremos desse problema?
O preconceito racial afeta a todos. Na medida em que o preconceito racial se manifesta em que as pessoas são "pré-julgadas" com base nas características superficiais, devemos honestamente concluir que todas as pessoas "sofrem" deste mal em vários níveis. Quando não conhecemos um indivíduo bem, começamos a caracterizá-lo, consciente ou inconscientemente, com base no que vemos. Novamente, isso é devido à nossa ignorância do verdadeiro caráter da pessoa e personalidade. Formamos opiniões muitas vezes baseadas em generalizações: "todas as pessoas de tal ou tal raça são. . ." Podemos preencher as lacunas com as expectativas de que certas raças são intelectualmente superiores, cheias de avareza, mais inclinadas artisticamente ou atleticamente ou possuidoras de membros que supostamente são mais prováveis de serem desonestos, etc, etc. . Essas ideias foram formadas pela sociedade, mídia e por como fomos criados. 

Talvez essas ideias tenham sido ensinadas direta ou indiretamente pelos nossos próprios pais. Qualquer que seja a fonte, mesmo o membro mais esclarecido de uma sociedade vai perceber que, em certa medida, ele ou ela está julgando uma outra pessoa com base em aspectos superficiais de raça.

fonte: https://www.allaboutpopularissues.org/portuguese/preconceito-racial.htm 

Fatos sobre a África

TURISMO:

Com o fim do apartheid, o turismo na África do Sul ressurgiu e hoje é um dos setores que mais cresce no país. Os pontos fortes são aventura, esportes, natureza e observação de vida selvagem. O país também é considerado pioneiro no mundo em turismo responsável.

POPULAÇÃO:

Com mais de 47 milhões de pessoas, a população da África do Sul é extremamente diversificada. Os africanos são a maioria absoluta, com aproximadamente 80% da população, seguidos pela população de brancos, de cerca de 4,4 milhões, de mestiços, de cerca de 4,2 milhões, e a população indiana/asiática, de cerca de 1,2 milhões de pessoas.

MOEDA:

A moeda da África do Sul é o rand, que oferece muita rentabilidade para os visitantes internacionais. O rand circula em moedas (R1 = 100 centavos) e em notas de R10, R50, R100 e R200.

CLIMA:

O clima da África do Sul é temperado e conhecido por seus longos dias de sol. Na maioria das províncias, o verão é o período de chuvas, exceto na região do Cabo Ocidental, onde chove no inverno. O inverno vai de maio a agosto, a primavera, de setembro a outubro, o verão, de novembro a fevereiro e o outono, de março a abril.

COMUNICAÇÕES:

A África do Sul possui uma infraestrutura de comunicações excepcionalmente bem desenvolvida. Diversos provedores de telefonia celular proporcionam cobertura nacional e há boas redes de telefone fixo. Internet Wi-Fi é facilmente encontrada na maioria das áreas urbanas.

SÍMBOLOS NACIONAIS:

A bandeira sul-africana é um símbolo muito quisto de patriotismo. Entre outros emblemas nacionais estão o pássaro nacional (grou do paraíso, ou grou azul), o animal nacional (antílope saltador), o peixe nacional (galjoen), a flor nacional (protea) e a árvore nacional (Mogôbagôba − Podocarpus latifolius ou real yellowwood).

IDIOMAS:

A África do Sul é um país multilíngue e há onze idiomas oficiais, entre eles: inglês, africâner, isiNdebele, isiXhosa, isiZulu, Sepedi, Sesotho, Setswana, Siswati, Tshivenda e Xitsonga. O hino Xhosa "Nkosi Sikelel iAfrika", composto por Enoch Sontonga em 1899, é o hino nacional da África do Sul.

RELIGIÕES:

Aproximadamente 80% da população da África do Sul é cristã. Outros grupos religiosos presentes são hindus, maometanos, judeus e budistas. Há uma minoria que não pertence a nenhuma religião majoritária. A constituição garante a liberdade de credo.

ANIMAIS E PLANTAS:

A África do Sul foi reconhecida como um dos 18 destinos megadiversificados do mundo. Como pioneira em turismo responsável, o país possui inúmeros projetos de conservação para proteger seu patrimônio natural − os viajantes podem apoiar e participar de muitos desses projetos. A África do Sul também é local de residência dos Big 5 (rinoceronte, elefante, leão, leopardo e búfalo).

EXIGÊNCIAS PARA ENTRAR NO PAÍS:

A África do Sul exige um certificado válido de vacina contra febre amarela de todos os visitantes estrangeiros e cidadãos de mais de um ano de idade que venham ou tenham estado em trânsito por uma área infectada. Para mais detalhes sobre exigências de visto, entre em contato com a missão diplomática da África do Sul mais perto de você.

SAÚDE E SEGURANÇA:

A medicina da África do Sul se tornou mundialmente conhecida quando o Professor Christiaan Barnard fez o primeiro transplante bem sucedido de coração em 1967. Há muitos hospitais e centros médicos de alto nível no país, principalmente nos centros urbanos. A maior parte da África do Sul está livre da malária, mas sempre cheque com as reservas de caça que você estiver planejando visitar e tome as providências necessárias. Peça ao hotel onde vai se hospedar informações atualizadas sobre segurança e, enquanto estiver viajando, tome medidas básicas de precaução.

 

Mais informações: country.southafrica.net/country/br/pt/articles/entry/africa-do-sul-dados-rapidos-ptbr

Costumes

O costume possui dois elementos para que se verifique:

  • Corpus material): repetição constante e uniforme de uma prática social.

  • Animus (psicológico): é a convicção de que a prática social reiterada, constante e uniforme é necessária e obrigatória.

A obediência a uma conduta por parte de uma coletividade configura um uso. A reiteração desse uso forma o costume, que, na visão de Vicente Ráo, vem a ser a regra de conduta criada espontaneamente pela consciência comum do povo, que a observa por modo constante e uniforme, e sob a convicção de corresponder a uma necessidade jurídica. O emprego de uma determinada regra para regular determinada situação, desde que se repita reiteradamente, quando igual situação se apresente de novo, constitui uma prática, um uso, cuja generalização através do tempo leva a todos os espíritos a convicção de que se trata de uma regra de Direito. Esse hábito que adquirem os homens de empregar a mesma regra sempre que se repete a mesma situação, e de segui-la como legítima e obrigatória, é que constitui o costume.

Assim, para que um costume seja reconhecido como tal é preciso: a) que seja contínuo; fatos esporádicos, que se verificam uma vez ou outra não são considerados costumes; b) que seja constante, vale dizer: a repetição dos fatos deve ser diuturna, sem dúvidas, sem alteração; c) que seja moral: o costume não pode contrariar a moral ou os bons hábitos; d) que seja obrigatório, isto é, que não seja facultativo, sujeito a vontade das partes interessadas.

Os costumes são a maneira cultural de uma sociedade manifestar-se. A partir da repetição, constituem regras que, embora não escritas como as leis, tornam-se observáveis pela própria constituição de fato da vida social. O direito costumeiro é dividido de dois modos fundamentais:

- Quanto à natureza: que se subdivide em costume popular e costume erudito;

- Quanto ao conteúdo, podendo ser: a) "praeter legem"; b) "secundum legem"; e c) "contra legem".

  • Praeter legem: costumes não abrangidos pela lei, mas que completam o sistema legislativo(praeter legem); na falta de um dispositivo legal aplicável, o juiz deverá decidir de acordo com o Direito costumeiro (artigo 4º da lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro: "quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito");

  • Secundum legem: costumes contemplados na lei; o preceito, não contido na norma, é reconhecido e admitido com eficácia obrigatória;

  • Contra legem: costumes opostos à lei, onde as normas costumeiras contrariam as normas de Direito escrito. Classicamente, o costume contra legemtambém pode ser denominado costume ab-rogatório, por estar implicitamente revogando disposições legais, ou desuetudo, por resultar na não aplicação da lei em virtude do desuso.

Embora à primeira vista os costumes não possam revogar leis, é certo que, por serem estas, produto da valoração social acerca de circunstâncias fáticas, e os costumes constituírem, na sua informalidade inicial, a própria dinâmica social, acabam apontando o anacronismo das leis escritas, as quais, muitas vezes, deixam de ser observadas, por perderem o sentido na nova situação social. Detecta-se o imenso descompasso que há entre os avanços sociais e a dinâmica legislativa. Hodiernamente, normas legais, inseridas em cód igos ou leis extravagantes, são desconsideradas e inaplicadas, diante de uma interpretação realista do direito ou em vista de novos princípios jurídicos.

Nestas condições, pondera Ricardo Teixeira Brancato:

Algumas normas há em nossa sociedade que, embora não escritas, são obrigatórias. Tais normas são ditadas pelos usos e costumes e não podem deixar de ser cumpridas, muito embora não estejam gravadas numa lei escrita. Aliás, mais cedo ou mais tarde determinados costumes acabam por ser cristalizados em uma lei, passando, pois, a integrar a legislação do país.

É certo que o costume emprega três funções ao direito: a de inspirar o legislador a normatizar condutas, a de suprir as lacunas da lei e a servir de parâmetro para a interpretação da lei. Em suma, o costume apresenta três faces: como fonte da norma a ser legislada, como fonte suplementar da lei e como fonte de interpretação.

Percebendo isso, há a possibilidade de a sociedade modificar o direito, já que, ao contrariar uma norma escrita, a vontade popular não só diz que essa norma não lhe serve como também inspira o legislador a elaborar outras normas. Fica demonstrada, então, a nítida importância do costume no legalismo jurídico, bem como o vital papel da sociedade em fragmentar o direito. Nessa esteira, segue-se a posição de adotar o sistema diretivo diante das lacunas da lei, acolhendo primeiramente os costumes, e somente na ausência deste, serem acolhidos outras fontes suplementares do direito. Enquanto o costume é espontâneo e se expressa oralmente, a Lei demanda de um órgão do Estado é expressa na escrita, através de um processo próprio de elaboração arbitrária.

 

Origem da Capoeira

   

    A história da capoeira começa no século XVI, na época em que o Brasil era colônia de Portugal. A mão-de-obra escrava africana foi muito utilizada no Brasil, principalmente nos engenhos (fazendas que produziam açúcar) do nordeste brasileiro. Muitos destes escravos vinham da região de Angola, também colônia portuguesa.

    Ao chegarem ao Brasil, os africanos perceberam a necessidade de desenvolver formas de proteção contra a violência e repressão dos colonizadores brasileiros. Eram constantemente alvos de práticas violentas e castigos dos senhores de engenho. Quando fugiam das fazendas, eram perseguidos pelos capitães-do-mato, que tinham uma maneira de captura muito violenta. 

    Os senhores de engenho proibiam os escravos de praticar qualquer tipo de luta. Logo, os escravos utilizaram o ritmo e os movimentos de suas danças africanas, adaptando a um tipo de luta. Surgia assim a capoeira, uma arte marcial disfarçada de dança. Foi um instrumento importante da resistência cultural e física dos escravos brasileiros.

    A prática da capoeira ocorria em terreiros próximos às senzalas (galpões que serviam de dormitório para os escravos) e tinha como funções principais à manutenção da cultura, o alívio do estresse do trabalho e a manutenção da saúde física. Muitas vezes, as lutas ocorriam em campos com pequenos arbustos, chamados na época de capoeira ou capoeirão. Do nome deste lugar surgiu o nome desta luta.

    Até o ano de 1930, a prática da capoeira ficou proibida no Brasil, pois era vista como uma prática violenta e subversiva. A polícia recebia orientações para prender os capoeiristas que praticavam esta luta. Em 1930, um importante capoeirista brasileiro, mestre Bimba, apresentou a luta para o então presidente Getúlio Vargas. O presidente gostou tanto desta arte que a transformou em esporte nacional brasileiro. 


Três estilos da capoeira 

A capoeira possui três estilos que se diferenciam nos movimentos e no ritmo musical de acompanhamento. O estilo mais antigo, criado na época da escravidão, é a capoeira angola. As principais características deste estilo são: ritmo musical lento, golpes jogados mais baixos (próximos ao solo) e muita malícia. O estilo regional caracteriza-se pela mistura da malícia da capoeira angola com o jogo rápido de movimentos, ao som do berimbau. Os golpes são rápidos e secos, sendo que as acrobacias não são utilizadas. Já o terceiro tipo de capoeira é o contemporâneo, que une um pouco dos dois primeiros estilos. Este último estilo de capoeira é o mais praticado na atualidade.

 

Você sabia?

- Em 26 de novembro de 2014, a UNESCO (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura), declarou a roda de capoeira como sendo um patrimônio imaterial da humanidade. De acordo com a organização, a capoeira representa a luta e resistência dos negros brasileiros contra a escravidão durante os períodos colonial e imperial de nossa história.

- É comemorado em 3 de agosto o Dia do Capoeirista.

 


Informações retiradas do site:

  www.suapesquisa.com/educacaoesportes/historia_da_capoeira.htm

 

 

Cultura Africana

    A cultura africana chegou ao nosso país com os povos escravizados trazidos da África durante um longo período em que durou o tráfico negreiro. Com a variedade na cultura dos escravos que perteciam a varias etnias e que falavam idiomas diferentes e trouxeram tradições únicas. Eles contribuíram para a cultura brasileira em uma grande imensidão de aspectos como: dança, música, religião, culinária e idioma. Essa influência se faz notar em grande parte do país; com maior percepção nos estados: Bahia, Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul a cultura afro-brasileira é particularmente destacada em virtude da migração dos escravos.

    A influência da cultura africana é também evidente na culinária regional, especialmente na Bahia, onde foi introduzido o dendezeiro, uma palmeira africana da qual se extrai o azeite-de-dendê. Este azeite é utilizado em vários pratos de influência africana como o vatapá, o caruru e o acarajé. E também na feijoada, que foi criada nessa época, com os restos que não era ultilizado do porco e os senhores jogavam fora, assim os africanos pegavam essas partes que não eram ultilizadas para cozinhar juntamente com o feijão preto que era recolhido durante a colheita dos senhores e separados pois eram classificados como “sujos”.

    Na música a cultura africana contribuiu com os ritmos que são a base varios estilos de nossa música popular brasileira. Gêneros musicais que foi influência africana, como o lundu, terminaram dando origem à base rítmica do maxixe, samba, choro, bossa-nova e outros gêneros musicais atuais. Também há alguns instrumentos musicais brasileiros, como o berimbau, o afoxé e o agogô, que são de origem africana. O berimbau é o instrumento utilizado para criar o ritmo que acompanha os passos da capoeira, mistura de dança e arte marcial criada pelos escravos no Brasil colônial. Como a capoeira que foi uma forma dos africanos se defederem aqui no Brasil, já que não tinham armas de fogo para se defenderem.

 

Projeto Cantinho da Africanidade
O que é?

Esse projeto apresenta uma proposta didática de inclusão para ser desenvolvida com alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental.

 Tem como objetivo valorizar a cultura negra (africana e afro-brasileira) como forma de diminuir ou mesmo eliminar as situações de preconceito, racismo e discriminação em sala de aula, melhorar o relacionamento entre os alunos, elevar a auto-estima das crianças negras, favorecer a identificação das crianças negras com sua raiz cultural africana e possibilitar às crianças brancas e negras reconhecer as influências dessa cultura na brasileira.

A Metodologia utilzada nessa proposta remete a um trabalho de intervenção, que buscou através do estudo bibliográfico e documental de leis, diretrizes, livros, gibis, revistas, filmes, documentários, desenhos e músicas que retratem a imagem e valorização da questão negra na sua história, cultura e identidade.

Diante deste trabalho desenvolvido de inclusão da história e cultura negra os alunos podem descobrir um novo conhecimento sobre o povo negro, isto permite construir conceitos positvos em relação ao povo negro, sua identidade, história, cultura e ajuda na eliminação de estereótipos que são criados em relação ao negro.

Segundo Munanga, o resgate da memória e historia do povo negro não interessa apenas a pessoas negras, mas também as pessoas de outras ascendências, principalmente, a branca, pois todas recebem uma educação envenenada de preconceitos que afetam suas estruturas psíquicas.

 

Danças da África

Um dos aspectos em que os africanos contribuíram para nossa cultura é a dança. Eles comemoravam os acontecimentos de suas vidas, tais como: nascimento, morte, plantio, colheita, com a dança, ela fazia parte de seus rituais e cerimonias que variam de região para região. É uma atividade praticada em grupo por homens, mulheres e crianças, onde formam uma roda batendo palma para os dançarinos. As danças chegam representar até seis ritmos ao mesmo tempo e é rica em movimentos, de maneira que cada parte do corpo se movimenta com um ritmo diferente.

Alguns ritmos são: samba, batuque amazônico e pretinha da Angola.

Samba

É a principal forma de dança de raiz africana que surgiu no Brasil. A palavra vem de semba, que significa umbigada em dialeto africano. O samba chegou ao Rio de Janeiro pelas baianas que foram viver na então capital. Uma delas reunia músicos que varavam a noite cantando em sua casa. Numa dessas reuniões surgiu a ideia da música que se tornaria o primeiro samba.

Batuque Amazônico

É uma manifestação que se originou do candomblé africano. Batuque é a denominação dada pelos portugueses para toda e qualquer dança de negros da África ou qualquer dança de tambor de caráter religioso ou não. O batuque amazônico é uma homenagem prestada a entidade Jurema, de acordo com os umbandistas essa entidade reina no tempo de lua nova.

                                                     

Pretinha da Angola

A formação para esta dança é de um circulo, dançada exclusivamente por mulheres. Todo o desenvolvimento da dança baseia- se nos próprios versos que vão sendo cantada pelos músicos, pois toda a dança não só o ritmo, mas também na parte coreográfica se refere aos trabalhos realizados pelos negros, sobre suas mágoas como escravos. Por isso os gestos acompanham exatamente a musica como esta sendo cantada.

 

 

 

*Informações retiradas do blog:

  https://culturaafricanaemquestao.blogspot.com.br/2012/06/africa-e-um-enorme-continente.html

 

 

 

Dados sobre a pobreza entre a população negra são apresentados no CNPI

Foi realizada a 50ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial, foram apresentados os três conselheiros de notório saber: Kabengele Munanga, Maria de Lourdes Siqueira e Petronilha Beatriz Gonçalves que chegam para compor o biênio 2014-2016.

Foram apresentados pela ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, dados com o recorte racial de um levantamento feito pelo MDS. Segundo ela, em onze anos a porcentagem da população negra de baixa renda que também registrava privações em outras áreas, como baixa escolaridade ou acesso reduzido a serviços e bens, caiu 86%.

Dos beneficiários do Bolsa Família, 10,3 milhões são negros, o que representa 75% do total do programa de complementação de renda. Nos últimos quatro anos, 4,3 milhões de famílias chefiadas por negros acessaram programas de inclusão produtiva do Brasil Sem Miséria, tanto nas áreas urbanas como rurais.

Entre 2002 e 2013, a pobreza crônica entre negros caiu de 12,6% para 1,7% da população. O percentual corresponde a 1,8 milhão de pessoas, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, divulgada no ano passado.

 

CNPIR

Órgão colegiado de caráter consultivo e integrante da estrutura básica da SEPPIR, o Conselho tem como finalidade propor, em âmbito nacional, políticas de promoção da Igualdade Racial com ênfase na população negra e outros segmentos raciais e étnicos da população brasileira.

Além de combater o racismo, o CNPIR ainda tem por missão propor alternativas para superar as desigualdades raciais, tanto do ponto de vista econômico quanto social, político e cultural, ampliando, assim, os processos de controle social sobre as referidas políticas. Ao todo, é composto por 44 membros, dentre entidades da sociedade civil e representantes do Poder Público.

 

 

 

 

Informações retiradas do site: https://www.seppir.gov.br/noticias/ultimas_noticias/2015/05/dados-sobre-pobreza-entre-a-populacao-negra-sao-apresentados-no-cnpir

Frase da Semana 

"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar."

                            Nelson Mandela

 

Fatos desconhecidos

Quantos de nós sabem que:

a) O ancestral mais antigo de que a humanidade tem notícia é uma mulher africana, cuja ossada foi encontrada no Quênia?

b) Antes de os europeus começarem a escravizar africanos, eles mantinham amistosas relações comerciais com diferentes nações do continente africano?

 

 

Cinco os pontos importantes a serem desconstruídos na imaginação dos brasileiros sobre a África:
  1. A África não é uma selva tropical.
  2. A África não é mais distante que os outros continentes.
  3. As populações Africanas não são isoladas e perdidas na selva.
  4. O europeu não chegou um dia na África trazendo civilização.
  5. A África tem história e também tinha escrita.